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Ótima oportunidade ao leitor, de conhecer alguns conceitos básicos da teoria freudiana através de uma sintética, interessante e revolucionária versão não materialista. Ao relatar O SONHO que teve com o criador da Psicanálise, o autor vai expondo, de maneira acessível a qualquer pessoa interessada, os passos primordiais para o início de uma ANÁLISE pessoal, que leve em conta os anseios mais PROFUNDOS da alma.

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“QUEM PODE MAIS CHORA MENOS”

Quem diz esta frase,aludindo às relações sociais, não faz uma constatação racional, mas, num arroubo de incrível ignorância, perpetua a EDUCAÇÃO ideológica que mantém pessoas INCONSCIENTES de que disputam o choro de quem pode mais. Enaltece, pois, a triste “lei das selvas”, que rege a vida dos animais irracionais.

O sujeito repete bobagens, como um papagaio, em vez de APRENDER a EDUCAR outras pessoas para serem HUMANAS, portanto, leais a LEIS RACIONAIS e ao gozo da LIBERDADE individual, respeitando os deveres de uma sociedade democrática. Assim, aperfeiçoando a DEMOCRACIA, que afinal, custou muitas vidas e sacrifícios para ser conquistada; e mais sangue e dores para ser reconquistada, quando foi perdida. Todo sofrimento histórico de heróis, todavia, é atirado ao lixo pelo sujeito impedido de raciocinar sobre as lições passadas, e sobre a vida HUMANA que pode gozar LIVRE de imposições totalitárias.

Aqui o leitor perguntaria: “o que impede o ser racional de raciocinar sobre sua humanidade?” Respondo: “O vício de se apegar à irracionalidade animal”.

Nossos remotos ancestrais, por serem animais irracionais, viviam nas selvas em constante luta pela sobrevivência e sem as DÚVIDAS que poderiam levá-los a APRENDER modo superior de vida. Guiados por imposições instintivas e sentimentais, atendiam ao impulso primordial de CONTROLAR o que estivesse ao alcance. Até hoje, desde que nasce, o animal busca CONTROLAR os próprios movimentos e depois os de sua caça, de parceiros sexuais, rivais, filhotes e o território de onde tira o alimento. Para tanto, usa dentes, garras, chifres, inteligência ou força bruta...

Controlar é exercitar PODER; e uma besta não tem como usar a razão para evitar os conflitos com outros que querem a mesma coisa. Mas, os homens PODEM usar a razão; e se não evitam as LUTAS pelo poder, é porque os vícios animalescos se impõem a eles.

Controlar pessoas, então, é impor, de algum modo, direção, amplitude e limites aos movimentos delas. Grupos ligados ao poder de Estado fazem isso, razão pela qual a Democracia é defendida por homens CONSCIENTES, pois, em sua forma mais aperfeiçoada supõe um poder sobre o povo que é do próprio povo. Isto é, o autocontrole. A intimidação, a força bruta e os castigos na sociedade democrática só se justificam na LEGÍTIMA DEFESA contra atos lesivos ao BEM COMUM da PAZ, preservada em trabalhoso consenso.

Todavia, como já aconteceu antes, na história, os movimentos MENTAIS, assim como os sentimentos e comportamentos, das pessoas, estão sendo direcionados por meio de “lavagem cerebral” ideológica. E, um dos principais métodos psicológicos utilizados para alienar pessoas da capacidade crítica é o fornecimento de muita DISTRAÇÃO ou “circo”, para desviar o pensamento delas do encadeamento racional.

Criticar, a propósito, não é depreciar ou reclamar de uma proposta, mas COMPREENDÊ-LA, após análise que expõe seus equívocos ou acertos. Porém, embora sofram pelos conflitos, as pessoas submetidas a uma “lavagem cerebral” se tornam incapazes de colocar em DÚVIDA o rumo dado a seus pensamentos e atos, pois atendem cegamente ao CONTROLE externo escondido e disfarçado em sua cultura. Tal controle tem força ampliada pela adesão dos mais alienados, e se impõe como a “voz do povo”, não contra os que lesam as LEIS DEMOCRÁTICAS, mas contra os que perturbam o encanto da alienação ao ALERTAREM sobre o excesso de palhaçadas e distrações.

De qualquer modo, a programação ideológica de um povo é feita por uma EDUCAÇÃO que não zela pelos VALORES HUMANOS. E, na irracional submissão à força alienante, o alienado se crê consciente e chama de “conscientização” ao processo de “lavagem cerebral”, sem perceber que, se exercitasse vontade livre e racional, saberia que CONSCIÊNCIA sobre algo não é dada nem imposta de fora... É conquista.

Logo, ao menos os mais conscientes precisam questionar a sistemática destruição dos valores humanos mais caros, alguns dos quais já foram conquistados, ainda que precariamente, como os da liberdade de pensamento e de imprensa, básicos da consciência DEMOCRÁTICA.

O método de DIVIDIR PARA CONQUISTAR, também sustenta a dominação alienante e sempre foi usado por pessoas e grupos interessados em conquistar ou manter o PODER. A burguesia, todos sabem, ascendeu ao poder político aproveitando-se dos CONFLITOS entre plebeus e aristocratas; ateus, católicos e protestantes. Conquistou poder que, durante a Idade Média foi dos nobres e do clero, e o mantém colocando as pessoas em COMPETIÇÃO por emprego, sucesso e riqueza econômica. Incrementando ambição crescente de produção e consumo provocou reações de igual busca por CONTROLE, que com métodos semelhantes agravaram ainda mais os conflitos e precipitaram a desintegração da família e a perturbação dos espíritos, impedindo assim, qualquer movimento mais consciente e HUMANO, ou realmente LIBERTÁRIO.

 

 

Prof. Jorge Melchiades Carvalho Filho

Fundador do NUPEP

Membro da Academia Sorocabana de Letras

Publicado na Folha Nordestina – edição de novembro - 2012

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