Livros do Prof. Jorge Melchiades
Um presente para você !
Ótima oportunidade ao leitor, de conhecer alguns conceitos básicos da teoria freudiana através de uma sintética, interessante e revolucionária versão não materialista. Ao relatar O SONHO que teve com o criador da Psicanálise, o autor vai expondo, de maneira acessível a qualquer pessoa interessada, os passos primordiais para o início de uma ANÁLISE pessoal, que leve em conta os anseios mais PROFUNDOS da alma.
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A PARTÍCULA DE DEUS
No séc. VI a.C., apareceram uns homens na Grécia, que abandonando a presunçosa ilusão de saberem o suficiente, se dedicaram a USAR a razão para desvendar o que são as coisas ou seres que se mostram na forma superficial de uma planta, por exemplo, e que após algum tempo seca, se decompõe e desaparece... USAVAM a RAZÃO para entender, em última instância, o mistério da vida e da morte, e vieram a ser chamados de “filósofos”, em função da mania que se tem de nomear genericamente os homens para diferenciá-los, conforme suas características mais notáveis. Entre eles, Leucipo (nascido em Mileto nos meados do século V a.C.), e Demócrito (nascido por volta de 460 a.C), buscaram entender os fundamentos, as bases da existência capaz de ferir os sentidos. Em outras palavras, eles queriam saber sobre o SER último, daquilo que conhecemos enquanto formas materiais do Cosmos. Investigavam a realidade, portanto, com método racional especulativo, e terminaram concluindo, sem nenhuma tecnologia avançada dos tempos atuais, que as formas materiais existem em razão de haver a união e a desunião de infinitas partículas entre si que, não sendo perceptíveis aos sentidos, só poderiam ser compreendidas pelo USO do intelecto. Consideraram a partícula, a menor possível da matéria sensível, tão pequena que, segundo eles, não comportaria nenhuma divisão. Então, Leucipo e Demócrito a conceberam como o elemento fundamental, essencial, indestrutível e eterno; o princípio originário de todas as coisas. Chamaram-na de ÁTOMO (a-tomo; não divisível, em grego).
Mais tarde, no séc. XVI, em finais da Idade Média, Giordano Bruno, que foi queimado na fogueira da Inquisição por RACIOCINAR entre os que não suportam quem faz isso, recusou-se a abjurar suas ideias e chamou de “mônada” (minimum” ou mínimo) a essa menor partícula. Postulou, porém, que essa unidade indivisível que constitui o elemento primordial de todas as coisas não teria extensão, sendo portanto, um componente não material e de natureza espiritual. Para ele, a morte seria apenas uma mudança na composição de mínimos, e o que muda permanece eterno.
No séc. XVII, já na Idade Moderna, o filósofo e matemático Leibniz, também RACIOCINANDO, adota o conceito “mônada”, de Giordano Bruno, para desenvolver, além de René Descartes, a ideia de que a matéria termina como "substância inextensa", no mínimo, capaz de assumir ao mesmo tempo o caráter material e espiritual e é o princípio básico de seu SISTEMA filosófico denominado Monadologie .
Nos anos de 1980, o autor deste modesto texto, desenvolveu o próprio SISTEMA de pensamento racional ou FILOSÓFICO, para orientar pesquisas científicas sobre o comportamento humano. Adotou o conceito P.I. (Partícula Inteligente), para o “mínimo” ou a unidade indivisível da matéria e do espírito, como o princípio fundamental da teoria psicológica. O P.I. coincide em seus aspectos mais gerais com a “mônada” de Giordano Bruno e de Leibniz, mas segue uma orientação distinta, no SISTEMA TEÓRICO de teoria PSICOLÓGICA.
Agora, os cientistas Peter Higgs e François Englert, recebem o prêmio Nobel de Física, porque a mônada ou “partícula de Deus”, batizada na atual visão materialista como “Bóson de Higgs”, teve a existência confirmada pelas EXPERIÊNCIAS realizadas no Grande Colisor de Hádrons, (LHC), o maior acelerador de partículas do planeta, localizado nos subterrâneos da fronteira entre Suíça e França.
Posto isso, parabenizo a todos do Nupep, por estarem envolvidos em uma tarefa de vanguarda e de tanta importância para a história filosófica e científica da humanidade.
Prof. Jorge Melchiades Carvalho Filho
Publicado na Folha Nordestina – edição de novembro - 2013