Livros do Prof. Jorge Melchiades
Um presente para você !
Ótima oportunidade ao leitor, de conhecer alguns conceitos básicos da teoria freudiana através de uma sintética, interessante e revolucionária versão não materialista. Ao relatar O SONHO que teve com o criador da Psicanálise, o autor vai expondo, de maneira acessível a qualquer pessoa interessada, os passos primordiais para o início de uma ANÁLISE pessoal, que leve em conta os anseios mais PROFUNDOS da alma.
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O CICLISTA DE CALÇADA
Não poderia deixar de homenagear, neste espaço, ao Juiz Evandro Pelarin, que adotou a “tolerância zero” em Fernandópolis, cidade do Estado de São Paulo, tomando uma série de atitudes enérgicas destinadas a diminuir a presença de menores de idade na criminalidade. Ele foi ousado e chegou a decretar um “toque de recolher” às 22h, para menores de 18 anos; e ainda passou a processar, no rigor da lei, aos pais de filhos que desrespeitam aos professores. Apesar de a cidade, antes assolada pelo tráfico de drogas e alta criminalidade, ter ficado muito melhor para se viver, os “legalistas” de plantão seguem falando, falando, falando contra, justamente de quem apresenta a CORAGEM de fazer.
Todavia, sem se importar com as reclamações de eunucos morais, togados ou sem toga, esse heroico juiz continua na luta. Lamento bastante que ele não venha atuar em Sorocaba, pois talvez fizesse aqui, entre outras coisas, o policiamento de trânsito coibir os ciclistas, maiores e “menores”, de transitar nas calçadas destinadas a pedestres, ameaçando-os de atropelamento e de furto...
Na Av. General Carneiro, por exemplo, em bando ou isoladamente, há ciclistas encurralando idosos, mulheres e crianças, que temem ser atingidos pelo impacto de arames e ferros da bicicleta. É verdade que o anexo I, do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) permite que o ciclista ande pela calçada, mas desmontado e empurrando o veículo, pois o seu lugar apropriado de circulação é o leito da via pública, onde também deve respeito às regras de trânsito, inclusive quanto à mão de direção.
Não bastasse mais essa forma de violência ocorrendo entre nós, ainda outro dia vi um ciclista passar zunindo por mim e tentar arrancar a bolsa do ombro de uma senhora idosa que caminhava na minha frente... Essa, portanto, é mais uma categoria de agressores que vai “criando asas” e começando a ganhar vulto na grosseira demanda de estupidez e de irracionalidade animal, afrontando o direito de ir e vir dos cidadãos de bem e realmente humanos.
Escrevo estas linhas, indignado, porque embora muita gente não use o conhecimento do passado, para entender o presente e o futuro, eu ainda me lembro da minha infância numa Sorocaba, em que as pessoas eram beneficiadas pela quase ausência de poluição aérea, hídrica, auditiva e visual, cujas ruas andávamos em liberdade de dia, de noite e de madrugada...
Naquela época a polícia era amparada pela população, e se apresentava prontamente para coibir qualquer transgressão à LEI, inclusive a do silêncio, por exemplo, que hoje anda tão afrontada por boçais antropoides ululantes, que se julgam civilizados.
Consequentemente, na minha cidade querida eram raros os gatunos, malfeitores e assassinos maiores e quase inexistentes, os “manos de menor”. Hoje, por incompetência moral e administrativa, frouxa legislação aliada à preguiça e covardia dos que deveriam se responsabilizar por uma ação efetiva, como a do Juiz Evandro Pelarin, essa praga prolifera, infernizando nossa vida e nos mantendo confinados em nossa “doce prisão domiciliar”, cercada de grades e quase inúteis aparatos de segurança...
Bem, acho que não vai dar para trazer o juiz heróico para Sorocaba; mas dá para pedir a nossas autoridades, que nos surpreendam fazendo jus ao alto salário que ganham e procurando seguir tal exemplo dignificante.
A desculpa de que os fatos aqui expostos são consequências do “progresso”, embora muito repetida, não convence, porque é a confissão de quem admite se encontrar em nível mental e espiritual tão baixo, que considera a grosseria e a falta de educação moral e humanitária, ainda, um patamar de evolução a conquistar.
Prof. Jorge Melchiades Carvalho Filho
Publicado na Folha Nordestina – edição de junho - 2013