História da Capoeira em Sorocaba

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  Livro importantíssimo para capoeiristas, pesquisadores, folcloristas e historiadores, pois além de apresentar farta documentação (mais de 150 documentos) sobre capoeira e seu início em Sorocaba, traz 62 depoimentos, entre eles, de mestres consagrados da capoeira. Por exemplo, do internacional mestre Suassuna (um dos introdutores da capoeira em São Paulo), Comendador mestre Valdenor (presidente de Federação Paulista de Capoeira), mestre Damião (aluno de mestre Bimba), mestre Celso Bujão (formado da 1ª turma do Grupo “Cordão de Ouro”), mestre Jorge Melchiades (o pioneiro da capoeira em Sorocaba, aluno dos saudosos mestres Valdemar Angoleiro, Paulo Limão, Silvestre e posteriormente formado do mestre Suassuna).
    Apresenta fatos curiosos da capoeira, como a abertura da primeira filial do Grupo “Cordão de Ouro” no interior paulista; a apresentação de capoeira no programa “Cidade contra Cidade”, de Sílvio Santos, em maio de 1970, na antiga TV Tupi, canal 4, com os mestres Suassuna, Limão, Jorge Melchiades, Anande (Almir) das Areias, entre outros; a passagem de mestre Bimba e seus alunos por São Paulo e Rio de Janeiro, em 1949, etc.
O livro traz também o depoimento de pessoas ilustres ligadas ao esporte, à educação, à política, ao jornalismo, à rádio, à dança, etc., que de uma maneira ou outra tiveram contato com a capoeira, como é o caso da conhecida bailarina Janice Vieira, que conheceu mestre Pastinha em sua academia na Bahia; de José Desidério, jornalista esportivo; de Cármine Graziozi, editor do jornal “Desportos” em 1949; de Clodoaldo Rodrigues Nunes, cientista político, que teve atuação marcante no movimento de esquerda na época da ditadura; de Iara Bernardi, Deputada Federal; de Hamilton Pereira, Deputado Estadual; e de briguentos da década de cinqüenta, como Humberto Del Cistia, Maurício Gagliardi, José Carlos Alves (Pixe), Antonio Galdino e Jorge Melchiades.
O livro discorre sobre a história da capoeira em Sorocaba desde o aparecimento de sua prática na cidade até a atualidade, com enfoque especial e prioritário aos fatos de seu início e ao pioneiro, com o fim de esclarecer entendimentos equivocados sobre a época.


Leia aqui trechos do livro:   

Prefácio do mestre Suassuna
Prefácio do capitão Brotas




Entrevistados para a História da Capoeira

Ademar Adade
Afonso Barchi
Antonio Carlos Alves (Pixe)
Antonio Galdino Leite Filho
Benedito Augusto de Oliveira (Benão)
Carlos Alberto Pires (mestre Escravo)
Carlos Andrade (Baiano Velho)
Cármine Atílio Graziosi
Celso Bersi (Celso Bujão)
Claudinel Renato da Silva
Clodoaldo Rodrigues Nunes
Dante Iório Filho
Eduardo Alves dos Santos (Falcon)
Elisete Ramos Schiezaro (Lia)
Esdras Magalhães dos Santos (Damião)
Ezequiel de Assunpção Mena
Geraldo Pedro da Silva
Gilson Oliveira Pereira
Guyma Baddini
Hamilton Pereira
Humberto Del Cistia
Iara Bernardi
Ismael dos Santos Ergezel
Janice Vieira
Jeová Silva do Nascimento
Jessé Loures de Moraes
João Carlos Amaral
Joel Augusto Rufino
Jorge Melchiades Carvalho Filho
José Aparecido Mendes (Cupim)
José Carlos Barbosa
José Desidério da Silva
José Lucas Neto
José Roberto Ferri (Zeba)
Júlio César Oliveira Alves (Risadinha)
Juraci Benedito Martins
Jurandir Alves dos Santos
Luiz Carlos Rafaldini (Sabugo)
Luiz Gonzaga Rodrigues
Manoel Troiano dos Santos (Cuco)
Márcia Brizolla Almeida
Marcus Sergius Monteiro Prestes
Matilde Santos
Maurício Gagliardi
Mauro Robles Poiato
Nassib Stéfano
Natale Zuanette Filho
Nelson Mena
Nestor Cláudio dos Santos (China)
Paulo Batista (Tainha)
Paulo Sérgio Franzoni
Pervite Carvalho dos Santos
Reinaldo Ramos Suassuna (Suassuna)
Rosemil Ferreira de Melo
Rubens Martins Mendes
Sérgio Robles Poiato
Ulisses Nunes
Valdenor da Silva Santos
Wilson Chelles (Cheba)

"O Jorge, indiscutivelmente, foi um homem pioneiro, arrojado... e continua sendo. Ele está aí, ao vivo, para quem quiser ver. Escreve livros e é um homem muito importante para nossa cultura".
JOSE DESIDÉRIO

"A liberdade humana e autêntica, meu amigo, nenhum mercador oferece a escravos que explora e dos quais depende, e muito menos com tanta publicidade! Ao contrário, ela é conquista da mente que raciocina sobre o que realmente significa a liberdade humana".
JORGE MELCHIADES CARVALHO FILHO

"Foi coisa marcante para Sorocaba e para muitas outras cidades, porque foi aí que se deu o conhecimento da capoeira, que antes não tínhamos. Diziam que tinha na Bahia... Mas nós não tínhamos acesso às informações como temos hoje. A televisão não mostrava".
JOSE CARLOS BARBOSA

"Um dia o Maurício deu um soco num sujeito, num bar em Brigadeiro Tobias e um dente do cara ficou encravado na mão dele. Teve de ir na Farmácia Rodrigues, dos irmãos Lilo e Lula, na esquina da Rua da Penha com a Cel. Benedito Pires, para tirar".
HUMBERTO DEL CISTIA

Wellington: A senhora já havia visto capoeira em Sorocaba,
antes da apresentada pelo mestre Jorge?
"Não. Ele foi o primeiro mesmo, né? Acho isso porque meu interesse pela capoeira vinha de antes dele e eu saberia, se tivesse algum outro na época".
JANICE VIEIRA

"Aliás, foi com ele que vim a conhecer a capoeira. Eu sabia que ela existia na Bahia e Rio de Janeiro, mas ainda não conhecia".
NASSIB STEFANO

"(...) porque aonde ele chega dá o ar da sua combatividade e provoca muitas reações intelectuais nas pessoas sem preconceitos contra o ato de pensar".
CLODOALDO RODRIGUES NUNES

Adriana: Durante todo esse tempo trabalhando com informação, algum dia viu ou ouviu se existia Capoeira na cidade, antes de 1969 ou do Jorge Melchiades? "Nunca".
ADEMAR ADADE

"‘O sonho continua...’. A gente passa, mas a idéia, o incentivo para os que virão depois, continua".
CÁRMINE ATÍLIO GRAZIOSI


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